sábado, 27 de julho de 2013

Friendly Floatees




Em 29 de janeiro 1992, um barco Chinês que transportava brinquedos de plástico perdeu parte de sua carga no oceano. 29.000 patos, tartarugas e sapos de plástico chamados "Friendly Floatees" (Amigos Flutuantes), cairam assim na água e ficaram à deriva. Mais tarde as trajectórias aleatórios dos brinquedos ajudaram os cientistas Ebbesmeyer e Ingraham a desenhar as correntes da superfície do mar.

Diz a Wikipaedia:
 "Os oceanógrafos Curtis Ebbesmeyer e James Ingraham de Seattle, que trabalhavam no modelo de correntes superficiais oceânicas começaram a acompanhar o seu movimento. A libertação casual de 28.800 mil objectos no oceano num determinado momento ofereceu vantagens significativas relativamente ao método padrão de libertar 500-1000 garrafas à deriva.

   (...) A primeira descoberta consistiu em dez brinquedos encontrados perto de Sitka, no Alasca em 16 de novembro de 1992, cerca de 3.200 quilómetros do seu ponto de partida.

     (...) Em 28 de Novembro foram descobertos mais vinte brinquedos e, no total, 400 foram encontrados ao longo da costa oriental do Golfo do Alasca até Agosto de 1993.  As visualizações e recuperações foram processadas pelo computador de Ingraham utilizando medições da pressão atmosférica a partir de 1967 para calcular a direção e a velocidade do vento sobre os oceanos, assim como as correntes de superfície resultantes.

     (...) O modelo Ingraham foi projetado para ajudar a indústria da pesca, mas também é usado para prever os movimentos dos destroços ou as prováveis localizações de quem está perdido no mar.

     (...) Entre Julho e Dezembro de 2003, "The First Years Inc" ofereceu 100 dólares como recompensa a pessoas que recuperassem brinquedos em Nova Inglaterra, Canadá ou na Islândia.

     Em 2004, foram recuperados mais brinquedos do que em qualquer um dos três anos anteriores. No entanto, prevê-se que muitos desses brinquedos terão sido empurrados para Leste passando pela Groenlândia e vindo dar à costa sudoeste do Reino Unido."


"Queimados pelo sol e pela água do mar, os patos e os castores foram aclareando mas as tartarugas e as rãs mantiveram as suas cores originais. Escreveram-se livros infantis sobre patos, e os brinquedos tornaram-se itens de colecção, alcançando preços tão altos como US $1.000.   Foram também objecto de uma campanha publicitária da empresa espanhola, Seat." 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Michael Biberstein

Pequenos excertos de uma conversa entre Michael Biberstein, Fernando Calhau e Delfim Sardo: Paint in Black, 1995


"MB: Eu tenho algumas esperanças em relação à minha pintura, que as pessoas parem durante, digamos, dois minutos. A maior parte das pessoas quando olha para a arte é como se fizesse zapping com o comando da televisão. Se eu conseguir que uma pessoa pare diante de uma pintura minha por um... ou dois... minutos... tirá-la desta pressa... já ficaria diferente."



"MB: ... a questão não é captar a atenção do espectador, é fazê-lo parar, torná-lo mais lento. Eu gostava que as minhas pinturas arrefecessem as pessoas por um segundo. Isso seria um bom efeito lateral da minha pintura. Penso que este é um dos papéis da arte em geral, talvez ainda mais que da música. Um dos seus principais papéis sociológicos: dar um momento de descontracção à mente, ao cérebro. Esse é o papel da arte hoje, para substituir alguma coisa que se perdeu no nosso discurso lógico."






Do meu lado podes ficar contente Mike porque eu, não só paro em frente das tuas pinturas como como entro dentro delas e me deixo ir. A tua pintura transmite-me uma sensação de imensidão, serenidade e paz de espírito, viajo nelas e revejo-me, nas tuas paisagem e atmosferas, na tua sensibilidade plástica. Admiro-te imensamente por quem foste, pela tua amizade, o teu saber, abertura de espírito, raciocínio, simplicidade e intensidade de valores. Thanks por me teres ensinado a olhar e a questionar! 



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