domingo, 1 de abril de 2012

Chiharu Shiota


 Chiharu Shiota é uma mulher-aranha - que sobe em redor das meadas do nosso inconsciente.  Nas suas mais conhecidas instalações tece fio preto em teias hécticas que assumem o controlo de galerias inteiras e onde se podem encontrar objetos pessoais encapsulados.    A artista Japonesa sediada em Berlim tem enleado tudo, desde vestidos de noiva vistos em exibição na "Walking in My Mind", na galeria Hayward, a um piano de cauda e brinquedos infantis.   Em algumas das suas performances "During Sleep", poderá até encontrar Shiota  abrigado-se sob camadas de teias de malha.





Nascida em Osaka, Japão em 1972, a artista mudou-se do para a Alemanha em 1997 para estudar arte maven com Marina Abramovic.   Num dos seus primeiro trabalhos "Try and Go Home" em 1998, Shiota jejuou durante quatro dias e depois besuntou o seu corpo nu com terra antes de entrar num buraco lamacento.  As suas sugestões entre utero e tumulo, foram utilizadas para articular o seu trabalho utilizando sentimentos de perda e esquecimento, que são muito a base do seu trabalho hoje em dia.





A experiência pessoal é fundamental no trabalho de Shiota. Para um projeto inicialmente chamado "Diálogo do DNA" em 2004 na Polónia e depois recriado na Alemanha e no Japão, ela convidou as pessoas a doar uma peça de calçado que tivesse uma ligação sentimento - resultando em milhares de sapatos velhos, muitos dos quais tinham pertencido a entes queridos que já tinham falecido. Ela ligou cada um destes sapatos a um fio vermelho esticado, um símbolo do caminho da vida, bem como uma chancela das viagens realizadas.





Existe uma tendência semelhante entre puxe e empurre e entre proximidade e separação nas performances "During Sleep", onde as mulheres dormitam em leitos hospitalares dispostos ordenadamente sob um dossel de fios pretos.  Contudo,  a intimidade criada ao olhar as pessoas adormecidas não quer implica, no sentido da artista, que se saiba  o que se está a passar por trás dos olhos fechados das pessoas adormecidas.




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